quinta-feira, 3 de abril de 2008

Fernando.

Não tenho palavras pra explicar.
Sequer alguma que possa dizer.
Repito apenas: só você.
Não há quem possa igualar, nem definir-lhe ou confundir-me.
É engraçado tentar passar para a tela, o que o coração não decifra.
Apenas sente.
É você aqui dentro, quando eu fecho os olhos pra aliviar a dor, é você quem vem senta ao meu lado, me abraça e me deixa chorar sem perguntar nada.
E eu preciso tanto. Tantas vezes.
É você.
Minha razão, minha consciência, todos os meus motivos.
Você.
Minha paz, morada, luz, caminho, minha solidão, multidão.
Você
Tormenta, chama, pele, cheiro, paixão, fogo, explosão.
Você.
Sonho, devaneio, loucura, alucinação.
Você.
Campo florido, céu azul, dia de sol, mar aberto, verão.
Você.
Paisagem seca, nuvens cinzentas, chuva, tempestades, tornados, raios.
Você.
É a mão que vem, me toma, me acalma, me embala.
A voz que encoraja, que me eleva, que acalenta.
É o olhar que convida, que chora junto, que brilha mais.
É a boca que sempre sorri, que me beija.
Os Braços que afagam, apertam, consolam.
Pernas que conduzem, percorrem e salvam.
Corpo, presença, calor, seria eu? Perdida em você, estou.
Você é meu tudo.Sem você, eu não sou nada.

Um diálogo.

To pensando em escrever,
‘Me gusta’ este momento.
Já cometi uns seis ‘assassinatos’, em pensamento.
Não espere sair da lista daqueles que me tiram à razão.
Hoje chove fino e o frio bate a porta. Gela o meu coração.
Não me diga que a razão sempre me é tirada, quando não a tenho.
Porque desconheço dias assim. Ô mortal, és tão diferente de mim.
Aqui não se clama, porque não há quem ouça. Nos dias em que estou assim.
Anarquia é o meu nome, o sobrenome também o é, ah sim. Quando você grita você reforça, quando você escreve você treme.
A indiferença não te faz melhor, você pisa no mesmo chão que os demais, pobres, pobres mortais. O tempo não interfere, o vento apaga as pegadas e você nunca se sobressai. Os sofrimentos que tu conheces nada mais são que meros ‘ais’, a dor que aqui descrevo é mais, não descansa, jamais.
Que poder tu tens? Minha mente pode mais. Quem leva almas pelas mãos, sim, repito: pode muito mais. Carrego histórias que não servem pra dormir, conheço as tuas, tua alma está presa aqui.
Acredite, a sua diversão é a minha. Vamos ver quem ri mais?
A esta altura que coração há? Apenas o teu que mantém o compasso fraco pra eu não escutar.
Aprenda, sem fim e começo sou eu quando gosto de um espaço de tempo, registrado ao vento, onde te enfrento e você nunca consegue me vencer.
Já cometi mais um ‘assassinato’, neste momento.