sexta-feira, 30 de abril de 2010


Juntou as mãos, fechou os olhos e mexeu os lábios, sem som.
Como se suportasse uma dor maior: ajoelhou.
E continuou baixinho.
Os olhos apertaram-se.
O coração acelerou.
O suspiro demorou passar, mas levou um pouco da dor embora.
Ele estava ali, ouvindo a voz que não sai. Entendo cada silaba dos lábios trêmulos.
Sentiu-se abraçada, e foi.
Miríades de anjos estavam ali, ministrando-a.
Os olhos turvos pelo desespero não os viram antes.
O coral de vozes entoando as mais lindas palavras.
Os olhos Dele a cuidar de tanta fragilidade.
Juntou as mãos em sinal de oração.
Juntou as mãos e pediu a Deus conforto.
Juntou as mãos e conversou baixinho.
Juntou as mãos e sorriu em silencio.
Pra você.
Por que?
Porque Deus me ouve mesmo quando não sai som.
E Ele tem muitos anjos aqui me ministrando.
Veste sua asa. Deixe esta luz brilhar cada vez mais.
Brigada pela prece, por juntar as mãos por mim, por fazer parte de um coral das mais lindas palavras.
Eu me sinto abraçada por Ele.
Obrigada por me fazer enxergar, juntar as mãos e ouvir.