
Não quero ter que escolher entre você e a vida que tenho.
Eu não quero ter que olhar pra você e me despedir sem dizer o que está sufocando.
Eu não quero virar as costas com vontade de olhar pra trás.
Eu não quero a sensação de divisão, dentro de mim.
Eu não quero ver as suas lágrimas caírem, pra não ter que segurar as minhas novamente.
Eu não quero dormir tentando prever o amanhã, se você estará comigo ou não.
Eu não quero impor minhas condições, porque não espero que as aceite.
Eu não quero nos angustiar mais.
Eu não sei mudar o que sou, o que tenho e o que quero.
Eu não quero mudar.
Eu não quero o seu perdão porque, já disse, não espero que você entenda.
Quero apenas que saiba que um dia amei como desvairado que sou e quando eu amo, eu devoro todo o meu coração. Um dia quis abrir mão das coisas ‘estáveis’, mas o equilíbrio que ali encontro foi maior.
Quero apenas que saiba, que eu vi um futuro sim, mas já tinha o meu presente.
E uma centelha de fogo num monte de palha incendeia rápido. Eu, como palha, encantei-me com as tuas chamas e me queimei e queimamos juntos e o que sobrou de nós: cinzas. A fênix talvez ressurja, já eu diria que não posso contar com isso. Então, não conte.
Eu não quero perder seu brilho de vista, mas também não quero roubá-lo só pra mim.
Histórias são lindas pra aqueles que sabem como fazê-las dar certo, entende?
Eu não quero dividir-me, eu não quero te partir em mil outra vez.
------ A você, minha querida. E a você, meu amigo.-------