quarta-feira, 26 de dezembro de 2007


Fogos.
Sons de estouro lá fora, cores no céu, palmas, assovios, risadas, gritinhos, gritos, alegria, alegria.
É o que na teoria deseja-se (já que a prática mostra-se superior ao desejo) para o próximo ano: alegrias, motivos bobos para sorrirem, como fogos a pintar o céu.
É o que desejam. Mas entra ano e sai ano e os motivos bobos pra sorrir ficam lá atrás na troca dos presentes esporadicamente feita e comercialmente maquiada. Ficam lá nos tantos beijos e abraços e mais votos e mais fogos, compartilhados, mais calorosos que em qualquer outra data.
Chega o tão ano novo, feliz. As contas em pilhas, as inimizades mais presentes que antes, os problemas, a família, as dores, o Brasil e seus administradores, o mundo e seus governantes, tornando o ano, muito feliz. A água se esvai. O ar pesa. O sol corrói. A terra sangra, feliz.
Fogos no céu. Copos na mão. Faces sorriem, outras engolem o choro.
Por que chorar? Há fogos no céu. Não seja egoísta, onde está o seu espírito? Há fogos no céu, caríssimos, brindemos.
---------- Michelle.