sexta-feira, 23 de novembro de 2007


" Má gente, de má paz; deles, quero distantes léguas. Livre, por velho nem revogado não me dou, idade é a qualidade. Meu gosto agora é ser feliz, em uso, no sofrer e no regalo. Quero falar alto. Lopes nenhum me venha, que às dentadas escorraço. Para trás, o que passei, foi arremedando e esquecendo. Ainda achei o fundo do meu coração. Mas, primeiro, os outros obram a história da gente ". - Clarice Lispector.

Serenidade.


Hoje é o tempo de rir. Rir do desespero. Das mudanças que em nada ajudaram ou somaram. Rir de todas as tantas provocações sem efeito.
Rir dos dentes tortos, da falta de sal e de açúcar. Rir da desvalorização. Rir da angústia, da certeza da incapacidade. Da mão que disse adeus antes mesmo de ter chegado. Rir porque a minha volta por cima foi sim, dada. Porque meu nome está onde deveria estar. Por que não estou em nenhuma fila, nem dos sós nem dos mal acompanhados.
E o meu sorriso é, pela minha paz, com os meus dentes, pelo meu refúgio.
Sorrir com aquele que nunca quis me dizer adeus.
E rir do resto.. de tudo que o resto pode ser capaz. Porque o resto não é digno de pena, medo ou raiva.
O resto é digno de risos, risadas..... gargalhadas. (Michelle).