terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sobre Viver...

Há tempos esqueci as palavras bonitas.
Ou deixei de usá-las. Lembrei-me hoje de quão importantes são e preciso que elas me inspirem, que me inspirem agora.
Então vamos.
Cada conquista feita é um aplauso..
Cada diferencial deveria ser uma medalha.
Quando for viver, faça o seu melhor. Atinja alvos dignos de aplausos, dignos de orgulho.
Aquele orgulho múltiplo. Aquele orgulho sadio. Íntegro. Compartilhado.
Não inflame uma idéia que causa combustão. Não ateie fogo à palha seca. Não faça da sua vida um campo desolado por chamas, que destrua o verde mais intenso que existe no coração de alguém: o da esperança. Renove-a. Refaça-se junto com ela. Floresça os campos que estão morrendo a sua volta.
A perfeição da vida consiste em viver, deixar viver e acima de tudo viver junto.
Orgulhar-se junto. Amar. Saborear o que a vida tem de bom, seja uma roupa nova, um tempero diferente, qualquer coisa.
Abster-se de sorrir e fazer os outros sorrirem é pecado, é acorrentar almas, desligar o cérebro, matar aos poucos.
O mundo está aí fora, com suas coisas ruins, com seus defeitos e frustrações. Mas está lá fora e as coisas boas também estão e você só traz para si aquilo que lhe convém, bem como se liberta daquilo que não fará falta pra ninguém, especialmente para você.
Está em suas mãos.
A escolha é tão obvia para uma criança quanto para qualquer um.
A boa escolha é óbvia, só a boa.
E só serve para os fortes. Você é fraco?
Mostre o porquê da medalha, se não tiver, conquiste uma.
E mostre a todos o porquê dos aplausos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Deixe que Doa.

E se dói?
Deixe que doa.
Logo cicatriza.
As mágoas aqui ganharam nome, algumas, sobrenomes para se diferenciarem.
Aqui a solidão sempre fez morada. Vai e volta sem ser chamada.
Aqui os amigos são poucos. Se é que há.
Aqui eu abro meu peito e empresto meu coração pro seu bater.
Eu morro, eu mato para deixar você viver. E caio no seu esquecimento, me esfolo por completo no seu descaso.
Deixe que doa.
Logo cicatriza.
Aqui as lágrimas caem, caem e secam sem amparo.
Aqui eu chego com o lenço e com o sorriso antes das suas rolarem, sequer chegam a marcar a face.
Não sei fazer amigos. Dom nunca a mim agraciado.
Não sei fazer amigos, e ando sem vida... Doei-a: está com outras pessoas, emprestada. Nunca me conheceram. Nunca souberam, nunca entenderam. Apego-me com todos os dedos e lá vai mais um escapando pelas mãos já calejadas.
Deixe que doa.
Logo cicatriza.
Ando atrás da reciprocidade como um sedento no deserto.
Os pés já cansaram, rachados.
Deixe que doa.
Logo cicatriza.
Não fique mais aqui.
Não quero que veja mais uma lágrima secando e manchando o meu rosto por inteiro.
Se você não tem lenço, vá embora.
Por favor, me ensine a não esperar nada de ninguém.
Vá embora.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Porque Skank, é Skank.


E quando eu estiver Triste: Simplesmente me abrace

E quando eu estiver Louco: Subitamente Se afaste

E quando eu estiver Fogo: Suavemente Se encaixe

E quando eu estiver Bobo: Sutilmente Disfarce

Mas quando eu estiver morto suplico que: Não me mate, não

Dentro de ti

Dentro de ti

...Mesmo que o mundo Acabe enfim

Dentro de tudo

Que cabe em ti...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Eis-Me.


Gosto do forte do vermelho da pimenta.Gosto do ardor.Gosto porque não são todos que gostam; nem todos que agüentam.Gosto do engasgo; da expressão de sufocamento; dos olhos lacrimejantes pedindo compaixão ou ao menos um copo de água. Ah... meu bem, eu gosto.Gosto das labaredas nos olhos, da tentação que a cor produz. É mágica.Não carrego coisas por sorte; as trago pelo estrago e pela delícia que me dá consumi-las.Personifico-me: pimenta. Ardida. Ousada. Intensa. Forte. Peculiar. Não é pra qualquer um. Não. Poucos me agradam tanto para que isto se torne recíproco. Eis Mi.