domingo, 13 de julho de 2008

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Que o conforto venha antes que você chame por ele, que venha rápido.
Mesmo que a memória, posteriormente, lhe traia e as lágrimas venham na seqüência, regando as feridas, germinando a dor.
Uma vida que foi embora ou um rosto que deixou de nascer.
Sim, importa. Sim, faz diferença.
Vidas que se cruzavam e formaram um emaranhando sem pontas, com fios de aço. Não é só mais alguém, não é só mais um. É fôlego lançado no ar e logo em seguida de nós roubado. Fica um pulmão ofegando e nem o ar mais puro sabe ali chegar.
Até o corpo dizer chega, é hora de reagir. Reagir à falta de reação? A decisão seria fácil, se não fosse tola. Não reagir, pegar o mesmo barco, deixar as duas moedas sobre os olhos e descer rio abaixo. Se eles estivessem aqui, diriam: “viva por mim”, então viva por eles. Vá aos lugares, coma e satisfaça, mude algo, como se estivessem ao seu lado, observando... queriam que fosse assim? Daquele jeito, com aquele detalhe? Sorria com eles. Tenha força por eles. E quando você segurar nas mãos aquela roupa da cor preferida, chore, germine a dor e contenha-a com um sorriso. Você tem as melhores memórias, vivas, os flash’s mais brilhantes.
Estão vivos. Agora é com você, divida a vida, os melhores momentos.
Traia a memória primeiro, ensine-a o que ela deve lembrar.
Demora, mas dá certo.