segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Impera

E quem diria? Parece que pinto mais minha alma de negro que clareio.
Escureço algumas luzes que queriam aparecer no decorrer do caminho, sobriedade, seriedade, maturidade, garante-me. Sem estilos copiados, o tempo fez-me assim. Bobagens. Minha cor é a da rosa dona do mais puro vermelho, veste-se majestosa dentre as outras, impera num jardim multicor, ousa revelar-se, ruborizada, por natureza feita assim, no tom impactante, avassalador, desnorteia, põe por terra, prende, encanta, fascina, invejada: gela a alma e arrepia.
Minha alma, nem branca, preta ou cinza, queima avermelhada, colore-se de vários tons, intensifica-se. Explosões em cores. Cores pintando um sorriso com bolinhas coloridas, um abraço bem azul, uma lembrança cor-de-rosa, um olhar esfumaçado com verde. Se o preto me cobre a face, o ar logo traz outras cores em guarda garantindo meu arco-íris. Resguardam a beleza vermelha, sentinelas em vigília, súditas, serviçais, leais, vistas daqui de cima a contemplar meus pés, colorindo-me. ---------- Michelle.