terça-feira, 24 de junho de 2008

Sebastian

Quando não se respeita, perdem-se os créditos.
Ou será que se ganha?
Quem ousa desrespeitar?
Ora se não é meu amigo auto-suficiente do lado esquerdo do ring.
Sempre com seus pontos de interrogação ao fim de cada explicação.
Sempre apontando as intempéries alheias com os dedos tortos.
Voa um dente seu pelo ring: aquelas mentiras ditas pra ela.
“Única, linda, perfeita?” Acho que não. Elas também pensam assim.
Espere, espere. Tanto sangue no chão, todo seu?
Aquelas que com as quais você saiu. Aquelas tantas as quais você penetrou, tirando-lhe o mais precioso e em troca entregando-as um certificado em branco e um escarro.
Todas as quais traiu, toda a lágrima que as fez chorar. As mentiras que contou, tantas pra listar. O que você pode falar em sua defesa? Você respeita? Não há respeito quando não se sabe sequer o que ele é.
Como é? Instinto, impulso, impensado.
O perdão que você esfregou na toalha de um quarto qualquer, escorreu em alguma água pelo esgoto.
Dobre os joelhos, sacrifique-se, faça doações. Peça perdão.
E nunca se perdoe. Porque nunca será perdoado.
Em nome do pai? Amém.