sexta-feira, 25 de abril de 2008

Analiso.

Enquanto existir retina movimentando os olhos: viverei de observar.
Medindo cada minucioso detalhe seu, dela, dele, deles, das pessoas.
Interessam-me os gostos, as dúvidas, os disparates. É o meu momento, é a minha arte.
Analisar. Prestar atenção ao que são e ao que serão comigo.
É o meu conceito que te trará ou te levará embora daqui, de mim.
Paro pra ver suas delicadezas, vulgo: fraquezas.
Paro pra ver seus traços rústicos, vulgo: vitórias.
Até onde sei? Até onde poderei chegar? Até onde irei contigo?
Perguntas que eu faço e eu mesma respondo, analisando você.
Não me peça o contrário, porque significaria fechar os olhos para ângulos perfeitos e para cantos obscuros que só saberei se cutucar, chacoalhar até ver cair pra todo mundo observar quem é você.
E então estaremos frente à frente, finalmente. Em uma mão entrego meus fragmentos. Em outra recebo os teus. Juntos formam algo? Ou serão estes pedaços sem possibilidades de encaixe?
Não se sabe. Só mesmo analisando o que nos é comum e tentar juntar depois.
Entenda. É meu jeito de ver no que vai dar, se dará.

Um comentário:

Unknown disse...

Hum, e como me saio nas suas análises??