quarta-feira, 9 de abril de 2008

É assim

Não me agrada a idéia de ser uma princesa cerrada num castelo no mundo do nada, no meio de lugar nenhum.
Deixestá. Vestidos bufantes, a cara sempre igual, os cabelos sempre longos e bem penteados. Livrai-me Deus!
Ah sim, porque ninguém tira o valor de ter como mudar, de não se prender a lugar algum. De acordar com a cara gostosamente amassada, parecendo um personagem de história de terror. Bom é por roupa pra ousar. Comer chocolate, encher a cara de espinha, engordar. Ter TPM, botar tudo pra fora e quem sabe depois, chorar.
Comédia de tragédia é a vida.
Tragédia? Óbvio, falo agora do príncipe.
Ah sim, ele existe e não canta nada bem, como sapo coaxando garantiria um bom lugar.
Ao contrário dos contos, ele não enfrenta, e sim foge o tempo inteiro dos ‘dragões’, se é que você me entende. Entre dragões, fada madrinha e lobo mau, ele vira o pescoço vez em quando pra uma vilãzinha da história. Mas sabe bem que se pisar lá, toma chute daqui. Pois é, nada que um bom chute não resolva.
Que Amélia, que nada. A princesa aqui é mais Fiona: caratê e tudo mais.
Porque conto de fada é bonitinho, mas a realidade é avassaladora.
Pro bem e quando ta monótono, pro mal.....deixando tudo melhor. Tudo anarquista. Tudo mais gostoso e bem mais prático.
Porque me agrada mais ser uma rebelde sem causa, do que uma princesinha mimada.

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