quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Um corpo despenca seus cotovelos sobre a mesa, têm o peso de toneladas.
Caem com destino certo: causar dor, minando-a do coração.
Caem para fazer a cabeça acreditar em Deus, ao menos naquele instante, onde tudo em que a matemática pode provar, tornam-se apenas números sem lógica, naquele momento em que os ponteiros do relógio vestem-se elegantes de terno e gravata pretos e anunciam a fragilidade humana.
Os cotovelos sobre a mesa, as mãos unidas contra a testa, “creia”, peça licença e rogue, tire fé de onde nunca existiu. Peça que ela fique bem, que fique.
Por que Ele é sempre seu último recurso? Quantas vezes Ele ainda deixar-se-á ser? Quem é Ele pra você? Quem é você pra Ele? Por que O nega?
Lembra-se? “se você existir, eu peço que me ouça”, em prantos... A “graça” concedida e tudo volta a ser como antes. O deboche, o desdém. Deus de quem?

12 comentários:

Anônimo disse...

como sempre deixando os leitores de boca aberta, assim como eu...

Roberto Sena
www.blogdosirmaos.com
www.sampameulugar.wordpress.com

Unknown disse...

e
x
c
e
l
e
n
t
e


Adorei!!!!!

meus instantes e momentos disse...

muito bom esse post. Muito bom seu blog.
Tenha uma bela semana.
Maurizio

Clareana Arôxa disse...

O Deus que existem dentro da gente, que entende essas nossas horas de cotovelos a mesa, apenas pedindo pra que fique bem.
Coisas inexplicáveis.

Beijos!

Marilyn disse...

... porque quando parece que não se tem mais nada, nem ninguém, temos a nós mesmos e, para alguns, Ele está em nós, nunca ausente.
Beijo

Guga Detoni disse...

que maravilha!
que bom que voltou!

André disse...

A gente acaba se perdendo vez ou outra, beibe. Por aí, numa mesa de bar ou numa calçada, até mesmo na tua cama, as coisas acontecem. Desilusões, casos de amor, tentativas de existência..de repente trilhamos por um lugar que está tão longe da gente, distantes até da gente, da essência. E uma hora não dá, simplesmente não dá pra fingir que tá tudo bem, há uma parte que faz falta, que dói a ausência.. sem ela não dá pra prossegir.
Acredito que o que procuramos essas horas somos nós mesmos..pode parecer um pensamento totalmente existencialista, e é, mas somos nossos próprios deuses..capazes até de nos salvarmos.
Beijocas... tava com saudade de te ler, voltei agora :)

Mulher Calcinha disse...

"Quantas vezes Ele ainda deixar-se-á ser?"
Quantas você precisar.

Adoro você!

Unknown disse...

to com saudade dos seus textos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Du Santana disse...

Meu Deus! (e de quem quiser!)

Anônimo disse...

Como sempre causando espanto em seus textos! Mais uma vez os meus parabéns querida!

Unknown disse...

Nossa fiquei impressionado com este seu Blog,
vc é genial. ´Parabéns


vá la no meu

http://pcsouzabv.blog.uol.com.br/