quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Como uma boa agregada...

Ainda me parece um mistério a hipocrisia.
“Queridinhos e queridinhas”, abraços bem dados, daqueles que na verdade têm a intenção de destroçar e não acolher. As bocas largas cheias de sorrisos, obrigatórios.
Não dá. “Não tenho fé pra isso”, ensino bem aos meus botões.
Renovando aqui o que julgo ser minha principal virtude, eu faço um voto, num único tom, explicitamente colocado: é tudo uma questão de sinceridade, de dizer não e não voltar atrás, minha cara.
Acorde. Não creias tu que teus sorrisos e elogios grosseiros me encantam.
Acredite mesmo é na minha cara fechada, no sorriso que mal sai do meu rosto por pura educação que me cabe a indivíduos como você.
Minha pretensão? Uma apenas: gostar de quem gosta de mim.
Bem clichê, mas verdadeiro. Porque eu não abro minha boca por empatia, meus sorrisos são bem direcionados, meus abraços têm o tempo e a força apropriados, minhas palavras não são pra qualquer ouvido, e meus recados são bem claros.
Atenção, uma hora a carapuça serve, máscaras caem e vem à amicíssima solidão abraçar-te, tarde demais. O silêncio prende num buraco interminavelmente sombrio. Fique longe de mim, porque eu estou longe de você e eu não vou junto.
Eu demoro, mas reconheço quem o é, e afasto.
Isso não é um adeus, porque poucos merecem tamanha consideração.

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